segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Ser professor hoje

Hoje eu estava pensando sobre isso. E encontrei um texto interessante que traz uma reflexão sobre o perfil do professor de hoje. Sabemos que o perfil do professor mudou. Mas ainda há dentro de nós aquele modelo que trazemos da educação que tivemos, e devemos trazer à tona tudo o que foi de positivo dessa educação. E sempre estar aberto às transformações, lembrando que o que foi transformado também pode ser mudado. Cabe a nós direcionarmos essa mudança para melhor, não é mesmo?

Ser professor nos dias atuais
Escrito por Jurandir dos Santos (2010)
O quadro atual da sociedade é marcado pelo ritmo alucinante da globalização da economia, crescente urbanização e revolução tecnológica. Ser professor diante desse cenário é questionar sobre o que não vai bem: desde as perdas de importantes valores, a miséria, o desemprego, as desigualdades sociais, os medos, as tensões, os conflitos, as violências, o crescimento incessante da sociedade do consumo, a redução do espaço público e a degradação de nossas liberdades. Além de saber ensinar bem, dominando os conteúdos e sendo didático, o professor deve mediar entre as capacidades já existentes e os novos e mais complexos desafios.

Educar para a vida e não somente com os conteúdos ensinados na escola. É importante que ele motive os alunos, com ênfase no papel formativo da escola da atualidade. No entanto, proporcionar uma nova forma de ensinar, implica, necessariamente, em uma nova forma de aprender. Portanto, o professor nos dias atuais tem que ser inovador para atuar de forma criativa no preparo de novas respostas que as diferentes situações exigem. Trata-se de detectar que questões precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e nos conhecimentos que são necessários dominar.

Trabalhar com seus alunos o conceito de “práxis” e considerar o homem um ser incompleto, inconcluso, inacabado, sujeito e ao mesmo tempo, produto da sua história, com visão e ação transformadora, de si e do mundo, com infinitas possibilidades de crescimento e desenvolvimento.

Necessitamos para os dias atuais de professores promotores daquela qualidade que provoca aprendizagem significativa no aluno, no seu processo de desenvolvimento pessoal, no âmbito intelectual, social, ético, afetivo, físico e motor. Capaz de ensinar de forma competente para atingir os objetivos propostos e fazer sentido na vida das pessoas.

Para exercer o poder formativo que está em nossas mãos é importante lembrar que a arte de educar não é um ato ingênuo, mas sim uma ação intencional, com objetivos políticos, econômicos e sociais, o que possibilita ao indivíduo transformar sua realidade e, consequentemente, o mundo em que vive. Nesse sentido, uma educação emancipadora, participativa, democrática e de boa qualidade tende a instrumentar o aluno para ampliar a visão de homem e de mundo, de forma crítica, enriquecida e contextualizada com os problemas e questões da atualidade, além de reforçar a responsabilidade social e ambiental que ele deve ter como garantia do exercício dos seus direitos e deveres por meio da cidadania.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Conversando sobre Educação à Distância (1)


Ensino a distância traz flexibilidade de tempo e custo, mas é preciso tomar cuidado
Carla Hosoi
Especial para o UOL Educação
Em São Paulo

26/07/2011


Maior flexibilidade de tempo, de horários de estudo e custo inferior em relação aos cursos 100% presenciais: esses fatores estimulam a procura pelo ensino a distância como alternativa mais adequada à rotina dos estudantes. Mas, como saber se um curso é bom ou não?
De acordo com o censo de educação superior de 2009, os cursos de graduação de EAD (ensino a distância) - aumentaram 30% em relação ao ano anterior, enquanto os presenciais, 12,5%.  Os cursos a distância mais requisitados foram pedagogia, administração, serviço social e orientação, ciências contábeis, matemática, ciências biológicas, história, comunicação social e ciências ambientais e proteção ambiental. Desses, somente os cursos de pedagogia e administração somam 61,5% do total de matrículas na modalidade.
No Brasil, a cultura do ensino e aprendizado a distância é relativamente nova. De 2000 para 2010 a procura aumentou expressivamente. Conforme números revelados pelo MEC, no primeiro semestre do ano passado havia aproximadamente 879 mil alunos matriculados na graduação à distância, quantidade muito superior aos cinco mil inscritos há dez anos.

Método

Segundo o professor João Mattar, especialista em EAD da Universidade Anhembi Morumbi, é preciso atentar mais para a qualidade dos modelos de conteúdo adotados do que para a quantidade, seja de alunos matriculados, seja de instituições de ensino superior a distância. "Sou muito crítico ao formato que a maioria dos cursos a distância disponibiliza para os alunos. Geralmente um professor especialista elabora o conteúdo, em arquivos pdf e PowerPoint, por exemplo, e este é praticamente jogado ao aluno sem que haja a figura de um professor atuando ativamente", diz. "Eles colocam um tutor à disposição de 300 alunos que não é obrigado a ter graduação e recebe salários muito inferiores ao de um professor universitário. Isso é uma precarização do nosso trabalho.”

Modelos

Mas questionar os modelos de conteúdo adotados e também o quadro de profissionais envolvidos no ensino superior não é propriamente uma particularidade dos cursos a distância. "A qualidade da educação superior é díspare. Vale para a presencial e para os cursos a distância. A diferença é que a EAD já vem com um espírito de agregar mais valor, à medida em que preza pela interatividade, discussão, debates. É mais acessível, elimina distâncias, reduz custos. Dessa forma, ajuda a acelerar a educação, a qualidade de ensino e aumenta a rentabilidade', afirma Stavros Xanthopoylos, diretor da FGV online.
Para o professor João Mattar, a educação caminha para um cenário em que não haverá quase diferença entre o presencial e a distância. "As metodologias já estão se misturando, tanto é que hoje as instituições presenciais são autorizadas a ter 20% de sua carga utilizada a distância. Isso é muito interessante, funciona, mas é preciso que o professor esteja vinculado, que agregue conteúdo, que tenha criatividade e apoio para exercitar modelos diferentes", afirma.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Giz x 3G

Vi esta figura num blog que estou seguindo, anabeatrizgomes.blogspot.com
O título do post neste blog é: "Nativos Digitais".
Dispensa explicações... aberto a comentários!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Depois de um tempo...o início!

Já tive 2 blogs, há uns 6 ou 7 anos atrás. Excluídos. Há 1 ano resolvi criar este blog. Nunca postei nada. Eu usava blogs como diários, e minha fase de diários ficou lá na adolescência (já passou faz tempo). Eu sabia que existiam blogs de todo tipo, mas nada havia me inspirado suficientemente para continuar.
Voltei à blogosfera porque algo realmente me inspirou (fora a obrigatoriedade de um exercício que já vou explicar). O uso do blog como ferramenta de ensino.
No meu curso e especialização em docência, tive uma aula sobre tecnologia da educação que, apesar de não ter aprofundado o assunto, abriu meus olhos para esse recurso (e outros mais).
Coincidentemente eu já havia iniciado outra especialização em Metodologia e Gestão da Educação à Distância (EaD), e o primeiro trabalho (chamado desafio de aprendizagem) é seguir blogs sobre EaD e depois criar um blog para postar o resumo das experiêcias e debates provenientes dos blogs. Adorei o exercício, e meu blog vai continuar depois disso, tenham certeza.
E vou manter o nome anterior: "Under Construction" (Em Construção). Nada mais oportuno para este momento de ensino e aprendizagem, afinal estamos sempre aprendendo e ensinando, sempre buscando crescimento, sempre em construção. Como dizia Clarice Lispector, uma das minhas citações favoritas: "Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre".